No ano de 2024, Sergio Pérez enfrentou uma temporada desafiadora na Fórmula 1, tornando-se um tema amplamente debatido no mundo do automobilismo. Esperava-se que o piloto mexicano desempenhasse um papel essencial como segundo piloto da RBR, complementando o brilhante desempenho de Max Verstappen. No entanto, a realidade das corridas em 2024 não correspondeu às expectativas iniciais.
Pérez ocupa a oitava posição na lista de salários da Fórmula 1, recebendo 12 milhões de dólares por ano (cerca de R$ 71,2 milhões, na cotação atual), além de US$ 7,5 milhões em bônus (aproximadamente R$ 44,5 milhões). Apesar da remuneração generosa, que o coloca entre os pilotos de ponta do grid, o mexicano não conseguiu transformar esse investimento em resultados consistentes nas pistas.
Desde o Grande Prêmio de Miami, onde conquistou o quarto lugar, Pérez não conseguiu mais alcançar o top cinco em nenhuma corrida. Essa falta de regularidade teve um impacto direto na classificação do campeonato de construtores, contribuindo para a queda da RBR do primeiro para o terceiro lugar.
Na temporada de 2024, a equipe acumulou um total de 581 pontos. Enquanto Max Verstappen foi responsável por 429 deles, Sergio Pérez contribuiu com apenas 152 - menos de um terço da pontuação de seu colega. Essa disparidade marcante levantou questionamentos internos sobre a competitividade da equipe no campeonato de construtores.
Helmut Marko, consultor experiente da RBR, comentou sobre a situação de Pérez, mencionando que o piloto continuava esperançoso em reverter o cenário adverso. Apesar do otimismo inicial, suas tentativas de recuperar o desempenho dos anos anteriores não deram frutos, levando a equipe a reconsiderar o futuro do mexicano.
Após uma análise minuciosa de sua performance, tornou-se evidente que seria mais vantajoso para Sergio Pérez buscar novas oportunidades. Segundo Helmut Marko, existem diversas alternativas disponíveis para o piloto dentro da Fórmula 1, indicando que uma mudança de equipe poderia ser a chave para revitalizar sua carreira.
A pressão para corresponder às expectativas na RBR era constante, especialmente devido aos vultosos salários e aos bônus vinculados ao desempenho. Essa pressão pode ter influenciado tanto o rendimento de Pérez quanto sua visão sobre as possibilidades de crescimento dentro da escuderia.
Enquanto isso, a RBR prosseguiu com seus investimentos em novos talentos. Um jovem piloto de 22 anos, proveniente da academia de jovens da equipe, ganhou destaque ao substituir Daniel Ricciardo em 2023 e posteriormente competir nas últimas corridas de 2024. Ele surpreendeu ao conquistar quatro pontos entre os Grandes Prêmios dos Estados Unidos e São Paulo.
Essa estratégia reforça a busca da equipe por estabilidade e consistência nas pontuações, atributos que se tornaram ainda mais cruciais após a irregularidade no desempenho de Sergio Pérez ao longo da temporada.